Oi gente, pra quem caiu aqui por acaso, esse post faz parte da blogagem coletiva da Semana Mundial do Brincar, promovida pela Aliança Pela Infância e pelo Ocitocina Ateliê.
Se ainda não conhece a SMB, clica aqui pra entender melhor. ;)
A mobilização tem como objetivo ressaltar a importância do brincar para os pequenos.
Mas toda criança brinca, gente!
Pode parecer, mas não é! :(
Infelizmente nossas crianças não vivem num mundo onde brincar é óbvio e natural como foi pra nossa geração (20's, 30's, 40's...).
Quantos "filhos de amigos" você conhece que tem mais atividades extra-curriculares que tempo pra brincar? Quantas crianças você conhece que preferem ver TV ou jogar no tablet a ir ao parquinho brincar com os amigos?
Triste, né?
E é por isso que estou aqui: Para apoiar o resgate do brincar saudável, pra fazer cada vez mais pela minha e por todas as crianças que puder influenciar. Elas merecem!
Cabaninha. Das brincadeiras preferidas que ensinei à pequena. |
"Assim, queremos propor que completem a frase "quando eu era criança, eu gostava de brincar de...", contando um pouco de como era, com quem brincava, por que gostava, e o que levou para a vida dessa brincadeira." #BlogagemColetivaSMB2014
Eu tive a sorte de crescer num bairro onde meus amigos tinham as mais variadas origens, religiões, limitações e potenciais. Haviam mães que trabalhavam fora, mães que ficavam em casa. Haviam famílias com vários irmãos, filhos únicos, gente que criava gato, gente que criava cachorro, passarinho, peixe, papagaio, periquito... Literalmente!
Nada poderia ser mais inclusivo que morar na Rua C2!
Fonte: Pinterest |
E a gente brincava! Minha nossa, como a gente brincava! Era pega-pega, esconde-esconde, 'vôlei de rua', garrafão, pim-barra, amarelinha, bicicleta, patins, golzinho... Não lembro de dividir meninos e meninas. Tinha quem jogava bem e quem assistia/torcia. (tipo eu! hahaha)
Mas nada disso me marcou como o teatrinho da rua C2.
Imagem: Educar Para Crescer |
O esquema era o seguinte: As meninas se reuniam, uma escrevia o roteiro - eu! =D -, uma ajeitava o figurino, outra produzia o cenário, uma mais fofa coagia chamava os meninos pra participar e assistir. Às vezes os pais também apareciam pra prestigiar, daí ajudavam a pôr uma "cortina" e levar o microsystem pra garagem, era um fuzuê!
Levava uns dois dias pra preparar o espetáculo que durava no máximo meia hora e quase nunca dava certo, porque né? A gente tinha uns 7 a 9 anos, época em que a diversão das meninas é "ser madura" e dos meninos é "azucrinar meninas". Não importava muito. O legal era todo mundo junto se expressando.
Porque isso me marcou tanto?
Bom, em primeiro lugar, porque ali minhas primeiras histórias foram lidas, discutidas, curtidas e ignoradas. Aprendi a receber críticas e a lidar com elas - ah quantas vezes chorei e recebi colo em casa por causa disso... São lembranças lindas.
Nosso teatrinho me deu a chance de exercitar o que viria a ser grande parte de mim: o Contar Histórias.
Mas vai muito além disso, claro! Timidez? Não sei nem o que significa direito. Hahaha
Liderança? Nasceu ali também!
Espírito de cooperação, aprender a respeitar o papel de cada um pra fazer nosso teatro acontecer, admirar o talento do outro, respeitar o tempo, aplaudir mesmo quem errava o texto, quem vencia o medo de se expor e tentava.
Enfim, foi um laboratório da vida.
Então, fica aqui meu apelo: Pais, mães, todos que convivem com criança: Não subestimem nenhuma brincadeira. Nenhuma!
Incentive e, se couber, participe! Validemos as experiências dos nossos pequenos.
Lembre da sua infância e se pergunte: O que seria de mim sem as experiências do brincar? ;)
Nós também apoiamos a Semana do Brincar e achamos fundamental interagir com nossas crianças com brincadeiras criativas e divertidas.
ResponderExcluirTambém estamos participando da BC com o post Semana do Brincar
Bjks
Oi Andreia, que bacana! Obrigada pela visita! Beijos!
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