27 junho 2011

Será que a eterna culpa será uma culpa eterna?

Mães, socorro!!

É isso mesmo? A eterna culpa da mãe que sai de casa pra trabalhar e estudar (sim, eu sou mãe solteira e nova, preciso trabalhar o dia todo e estudar à noite pra pagar contas e dar um futuro decente pra minha filha!) e deixa a filha o dia todo na escola/com a babá vai virar uma culpa eterna por não estar presente agora?

Vai virar uma culpa eterna se isso parecer que eu não quero estar com ela ou algo assim? Eu sei que parece exagero, mas garanto que quem é mãe tá se reconhecendo!

Sim, eu sou exagerada, sou mãe-capricorniana e odeio não conseguir equilibrar minha rotina de forma tal que consiga tempo suficiente (leia-se pelo menos umas 5h por dia, em horários que ela não esteja dormindo, lógico) pra estar com a minha filha.

Constantemente me pergunto se vale à pena, se não é melhor adiar alguma coisa pra estar mais com ela agora tão pequena...

Mas aí lembro que assim como o tempo não pára pra ela que cresce linda a cada dia, não pára pra mim, que envelheço e fico pra trás a cada dia que resolver adiar alguma conquista.

E agora vida?
Serei eu mais uma mãe destinada a abrir mão sempre?

Aí começo a filosofar um pouco e chego ao feminismo (será mesmo?) que lutou tanto pela igualdade no mercado de trabalho - sim, eu sei que o mercado ainda é desigual, mas não é essa a questão agora. - pra que mesmo?
Pra deixar os filhos serem criados por outras pessoas? What da hell????

Eu queria sim poder trabalhar 6h/dia e ter um salário que me deixasse criar a minha filha.

Aí falam os tradicionalistas: "Mas família serve pra isso, cadê o pai?".
Jura, gente?
Teria que juntar salários de umas 3 mães (considerando o que se ganha hoje em trabalhos de meio-período) + 2 pais trabalhando no Brasil pra dar aos filhos o que eles precisam.

Sim, precisam.
Estou falando só do básico mesmo:

Estatuto da Criança e do Adolescente

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.


E então?


#comofaz?