29 novembro 2010

Missões cumpridas

Desgrenhada, cabelo à base de xampu de hotel e humidade de beira de praia há dias, com todos os musculos do corpo em frangalhos, calça caindo porque usei meu cinto pra fazer um torniquete na perna de um cliente que se machucou num hidrante do estacionamento, camiseta desalinhada porque eu realmente não tinha tempo pra olhar pra isso, olheiras de 3 dias quase sem dormir, exaustão de tanto caminhar, muita, muita saudade da minha pequena que eu não via há pelo menos 10 horas e um sorriso meu, só meu. 

Foi assim que acabei a noite desse sábado, caminhando em direção ao banho merecido, tirando o fone do rádio, olhando pra trás e vendo o centro de convenções ainda iluminado, cheio de gente curtindo o encerramento do evento.

Há pouquissimas coisas no mundo tão gostosas quanto a sensação de dever cumprido. 
Fazia tempo que não sentia isso.

A marca mais visível que ficou em mim depois desse job foi ver que a Julia, apesar de sentir a minha falta, pois nos 4 dias de montagem e evento quase não a vi, estava feliz e bem cuidada. 

Confesso que nos horários das refeições e de pôr pra dormir, quando eu olhava pro relógio e via que não ia conseguir parar meia horinha pra ficar com ela, meu coração partia, ficava angustiada, mas lembrava que ela estava com a babá e a avó paparicando, cuidando de necessidade dela com todo carinho possível, me concentrava e seguia em frente.

No final do evento, decidi vir pra casa, não dormir no hotel. Eram 3h da manhã e eu teria que voltar pra desmontagem às 8h, mas valia à pena. Só queria dormir abraçada com ela, dizer que eu estava ali.

Cheguei exausta, deitei ao lado dela e avisei que tinha chegado.
Ela sorriu como se estivesse vendo o melhor presente do mundo, olhou pra mim, disse "Mamãe, amo" e voltou a dormir.

Foram as 4 horas de sono mais revigorantes da minha vida.

Percebi que minha missão de não deixar nunca a Maria achar que estou longe dela foi tão cumprida quanto a de fazer meu melhor em cada trabalho.

^^

Acho que depois dessa posso contar alguns tijolinhos a mais na contrução! ;D




Mãe besta, profissional realizada (again ;D).

=***

22 novembro 2010

Abrindo Portas com Amor

Meu pai me ensinou que ao dar um livro de presente a gente deve sempre escrever uma dedicatória. Registrar que aquele presente é um ato de carinho.

Cresci adorando isso. Pra mim um livro é um dos presentes mais carinhosos que existem. Por isso me esforço tanto pra escrever dedicatórias à altura do livro, do presenteado e do momento vivido.
E também por isso, receber um livro com uma dedicatória bem escrita me emociona tanto.

Muitíssimo obrigada à Anne, que há alguns dias me deu "Abrindo Portas com Amor - Caminhos na educação dos filhos e na prevenção de problemas futuros" do casal de psicologos Angela Cota Guimarães Mendonça e J. Augusto Mendonça.
Além do livro ser incrível, a dedicatória me emocionou como há muito não acontecia.
Muito, muito obrigada! =)


Fica a dica aos amigos (meus e de todos): Quando der um livro, pense com carinho e escreva algo bacana nele. Suas poucas palavras terão quase ou o mesmo valor de todo o conteúdo do presente. ;)



Agora indo realmente ao assunto de hoje: O livro e suas contribuições.

O 5° capítulo do livro é o "Criança é gente!" que fala de como as crianças 'sentem, percebem e entendem' tudo à sua volta.

De como nós, pais, agimos muitas vezes como se o assunto tratado fosse muito complexo pra criança entender, de como negamos fatos que acontecem diante deles simplesmente por não saber como explicá-los.

O clássico exemplo que se vê no livro é o "não aconteceu nada", "não está doendo", "nem machucou", que sai quase que automaticamente quando vemos um filho cair e se machucar sem gravidade. Quem somos nós pra dizer que não doeu? Doeu sim!

O papel dos pais é confortar, perguntar se ele está bem, tomar alguma atitude, olhar com calma, ouvir, nunca negar.

Como as crianças não conseguem ainda nos falar com clareza o que sentem, não conseguem reclamar, dizer o que pensam. Mas eles entendem sim.

Lendo isso relembrei um momento dos mais fortes que já vivi com a Maria Júlia.

Num momento cheio de frustrações, de medos, eu vivia agitada, triste, acuada. E um dia, ela me ouviu num enorme desabafo com a minha mãe.

Ela ficou quetinha, brincando por perto como se nada daquilo chegasse aos ouvidos dela. Quando eu percebi, já não a "via", falava alto, chorava, expunha em gestos e palavras todo meu sofrimento.

Parei quando senti ela correndo em minha direção, se jogando num abraço e dizendo "Mamãe, amo".

Senti no olhar dela que minha bebê ouvia cada palavra, que ela entendia meu sofrimento, e que, apesar dos seus 1 ano e 5 meses de vida, estava tentando me dizer que tudo ia ficar bem, que ela estava ali comigo.

A partir dali prestei mais atenção nisso. Nos olhares, nos gestos, nas palavras enroladas, tentativas de se comunicar.
Hoje não tenho dúvidas. Minha pequena entende tudo sim e pra entendê-la também basta parar pra ouvir, basta querer. E eu quero. ^^

Parem pra ouvir seus filhos.
Vale muito à pena. ^^

Mãe ainda em fase de alicerce.
Ísis Rocha

=**********

20 outubro 2010

Devaneios de uma sala de hospital...

Estive pensando sobre casamentos...
Porque as pessoas resolvem depositar no outro a perspectiva de realização amorosa de toda uma vida?
Porque os românticos criaram poemas que iludem gerações e as doutrina desde a primeira lição de literatura a procurar o 'amor perfeito' ?
O bacana é notar que na fase em que estamos aprendendo conceitos que devem nos acompanhar pro resto da vida, os livros, filmes, os contos de fadas nos mostram lutas homéricas em nome de um amor que assim que se torna possível ganha um "felizes para sempre" e nos poupa da realidade dos relacionamentos.
Aí, na fase mais conturbada da vida, a adolescência, travamos a grande batalha: como entender que o amor nem sempre supera todos os obstáculos, todas as diferenças?
Como aceitar que príncipes são falhos e que princesas não acordam com um beijo?
Ainda pior, como entender tudo isso em meio a um turbilhão de hormônios sem desistir de amar? Complexo, né?...
Há, você não viu nada!!!
Quando os problemas parecem começar a dar lugar à maturidade, ao auto-controle, ao preenchimento do vazio que o amor imperfeito e, às vezes, inexistente deixa, com trabalho e responsabilidades... Eis que a sociedade cobra - e como cobra! - que você se apaixone, case, tenha filhos E seja feliz! Isso tudo sem esquecer de ter sucesso e se manter sempre jovem e bonito(a).
Oi? O que juventude e beleza tem a ver com tudo isso?
Alôou, em que mundo você vive? No de José de Alencar, onde uma índia que nunca viu escova de dentes tinha hálito de baunilha???
Acorda, baby!! Mais uma coisa que você descobre ao ingressar na cruel vida adulta: É preciso dar duro pra manter o amor... E isso inclui manter-se atraente, interessante. 
Não estou falando de corpo. Estou falando de espírito. 
Você precisa ser uma pessoa que interesse ao outro, que cause nele um encantamento, no mínimo, diário, senão... 
O amor acaba.
Triste, né?
Mas é verdade. Me desculpem os românticos, mas a vida é bem assim.
Apaixone-se, mas certifique-se de que está pronto pra lutar por um amor duradouro, pra desistir de um amor ilusório ou ainda, pra aceitar que ele pode simplesmente... acabar...



...






Desculpem o tom de desabafo. A bendita enfermeira já tinha errado minha veia duas vezes e a dor pra escrever era estúpida.
Não, não tem nada demais comigo. Foi só uma "visita" à minha querida urgência que nunca mais tinha visto, não se preocupem. ^^ 

Beijos! ^^

15 outubro 2010

Pânico

Vida - E aí, vai ser infeliz ou causar uma dor temporária na sua filha?
Mãe - Se eu puder evitar dor nela, serei a pessoa infeliz mais estupidamente feliz do mundo.
Vida - Então, o problema é que sendo infeliz, ela vai ter uma mãe assim como modelo. E aí?
Mãe - Puta que pariu, você não facilita, né?
Vida - Não estou aqui pra facilitar. Estou aqui pra fazer você crescer enquanto passa por mim.
Mãe - Não quero passar por isso, não vou escolher.
Vida - Então você já fez a sua escolha. Quando a infelicidade te incomodar o suficiente, voltamos a conversar.
 
...


Mãe - VIDA, cacete. Eu desisto. Você venceu. Não aguento mais a minha filha olhar pra mim e ver uma mulher ridícula, que se anula e nem sorrir mais consegue.
Vida - Então se prepare, pois a dor dela é temporária, mas é real e dura. Você está preparada?
Mãe - Lógico que não. Pergunta idiota. ¬¬
Vida - Acontece. Mas pelo menos eu estou avisando...
Mãe - Tá, tá... 

...

Meu, que vida de merda é essa que te pede pra fazer escolhas tão cruéis?
 
Pânico de um dia olhar pra trás e ver que fiz escolhas erradas.
Embora elas me pareçam indiscutivelmente corretas agora.

Vai saber, né?

Pelo menos vou poder dizer que tomei as rédeas, que tomei decisões.
E principalmente, que elas foram tomadas com a melhor das intenções: a busca da plenitude. 
A busca infindável da melhor mulher em mim, pra ser a melhor mãe que eu puder.

Uma pessoa infeliz, incompleta, não pode nunca ser bom exemplo, boa compania pra ninguém. Por mais que tente.
Eu acredito nisso.
 
Por isso, por mim e pelos meus, eu VOU ser feliz.

Tome o tempo que tomar... 
Exiga o esforço que exigir...
Traga a revolução que trouxer...

Por mim, por ela.

05 outubro 2010

Auto-crítica

By Michele Menezes

Quando minha pqna Lemon Lady me mostrou esse desenho, me veio à cabeça: "Que linda tradução de como nossa auto-crítica se manifesta. Preciso escrever sobre isso..."

E aqui estamos! ^^

Por esses dias um grande amigo me disse "Ninguém, por mais que tente será mais cruel comigo do que eu mesmo". E ficamos um tempo falando sobre isso.

Acho que é assim com todo mundo, ou pelo menos com as pessoas que querem dar sempre o melhor de si pro mundo.

Sempre que critico uma atitude minha sou a mais dura possível e nem sempre isso me faz bem.

Aprender a dosar a auto-crítica é um desafio diário. 
Ficar na tênue linha entre aprender com os erros e me torturar por eles é super difícil, mas vale à pena tentar.
Vale porque sendo crítica, me cobro, me forço a ser sempre uma pessoa melhor. 
E aprendendo que não preciso ser tão dura assim em algumas situações, me aceito como humana, passível de falhas e tudo bem, a vida continua.

Eu gosto de estar com minha face mais cruel sempre pronta pra apontar meus erros, principalmente erros que cometo contra mim mesma.
Mas nunca deixo que ela dite as regras.
Ok. eu até deixo, mas logo reúno forças e retomo o controle. :P

Quero ensinar a importância disso pra Juju... dia a dia... ^^

Beijos! ^^







04 outubro 2010

Aceitando o inevitável.

E numa conversa de msn...

EU - pra vcs homens é um pouco pior
pq a mãe pelo menos SENTE o bebê
e vcs?
têm que se contentar em acreditar na mulher q diz 'ta tudo bem'
ELE - oO
EU n conseguiria confiar em ngm a esse ponto
=x
certeza
se eu dependesse de outra pessoa pra dizer "seu filho ta bem, n se preocupe" sem poder ver, tocar, sentir
eu ia surtar for sure
Oo'
pra deixar a ju na escola eu quase morri =~
nossa
não tinha pensado por esse ponto
ela ficava de boa e eu ligando desesperada pra coordenadora. ela comeu? ela dormiu? ta bebendo agua? ta se adaptando aos outros bebês?
ridiculo
=p
ehheheehheheeh
uahehuahuae
poisé
é, deve ser normal
pra mães de primeira viagem
sim é
todas as escolas e professoras dizem q as primeiras semanas são uma adaptação
pra mãe
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
=p
hum
elas sabem com quem tão mexendo u.u
yep >D
ahhhh velho
la em assis
segundo dia da juju na escola
ela me volta com uma mordida ROXA na buchecha
meu irmão
qdo eu cheguei pra pegar ela
eu me controlei MUITO
pra não dar uns tapas naquele moleque fdp
¬¬
e ela tava tão acuada
sem gostar da escola
q disse "ai" e ficou queta
nem chorou
eu fiquei pensando depois
oo'
ahhhh é normal isso
a MINHA bebê passaou a manha toda num canto, sem interagir, assustada, pensando "kd a minha mãe?" e eu não estava lá. puta que pariu
eu sei q é
o guri tava marcando território =x
mas dói demais po
=~
eu SEMPRE digo pra juju
qdo ela se assusta e corre pra mim
"a mamãe está aqui, eu nunca vou deixar vc. não se preocupe."
e ela relaxa
a sensação q tive foi "eu não estava lá"
=~
tipo
eu sei
que a vida é assim
^^
que massa isso
vc deve ser uma mãe legal
e a tendencia é q ela viva mais sozinha, se machuque, etc... mas velho
eu nunca vou deixar de querer estar do lado dela o tempo todo e impedir qq coisa q possa chegar nela pra fazer mal
=p
sou só mãe po
normal
^^

 .........


Essa conversa boba de 10 minutinhos me lembrou como é difícil pôr em prática uma coisa que a gente aprende ao longo da vida: 
Nossos pais não vão estar 24h do nosso lado a vida toda, nem vão poder impedir que ralemos o joelho ou sejamos traídos pela melhor amiga.
E é provável que tenhamos que lidar com esses e tantos outros percalços da vida sozinhos ou acompanhados de outras pessoas (babás, irmãos, amigos, namorados, etc).

E isso tudo me fez encarar que a minha filha já está começando a vida independente dela. 
Ela já passa algum tempo do dia sem mim e isso não tem volta. 
Por mais que eu queira, vão haver mordidas, beliscões, machucados que eu não vou poder impedir.
E tudo bem.


Ahm... tudo bem? 
A gente tenta, mas nem sempre consegue ser prática assim. :P


Hoje, lembrar que disse pra minha mãe várias vezes "Mãe, eu estou crescendo. Filhos são criados pra vida, acostume com isso." me parece um ato terrorista. 
Um tapa na cara de quem já estava tendo que aprender com o dia a dia que não podia me proteger de tudo, que ia ter que assistir minhas decisões erradas, meus erros, meus machucados sem ter o poder de impedir. 
(Por mais que a vontade de pôr o baby numa bolha seja gigantesca. =x)



Que o tempo tenha um pouco de compaixão e passe devagarinho pra eu conseguir acostumar com a idéia do meu bebê ser uma pessoinha que toma suas decisões, que tropeça, cai e lindamente aprende a levantar e seguir em frente.
O bom é poder me certificar diariamente que ela não esqueça nunca que eu estou sempre aqui pra ela.
Sempre.


28 setembro 2010

Amizade e Gratidão

Amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a princípio sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. 
Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo. 
Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.
Wikipedia
 
 ...

Gratidão
“Agradecer é dar; ser grato é dividir. 
Esse prazer que devo a você não é apenas para mim. 
Essa alegria é a nossa. 
Essa felicidade é a nossa. 
O egoísta pode regozijar-se em receber. 
Mas seu regozijo é seu bem, que ele guarda só para si. 
Ou, se o mostra, é mais para fazer invejosos do que felizes: ele exibe seu prazer, mas é o prazer dele. 
Já esqueceu que outros têm algo a ver com isso. 
Que importância têm os outros? 
Por isso o egoísta é ingrato: não porque não goste de receber, mas porque não gosta de reconhecer o que deve a outrem, e a gratidão é esse reconhecimento, porque não gosta de retribuir, e a gratidão, de fato, retribui com o agradecimento, porque não gosta de partilhar, porque não gosta de dar.” Comte-Sponville (2000, p.146)

 ...

Duas citações necessárias, concordam?

Mais um "muito obrigada" pra essa vida que me presenteia diariamente com a oportunidade de ter amigos e de ser grata por isso. ^^


Beijos! ^^

24 setembro 2010

Responsabilidade

Ser responsável é a obrigação de qualquer cidadão para uma vida saudável em sociedade.
É você responder seus atos de acordo com a sua idade.

Fonte: Wikipedia

.......
 

Estava pensando por esses dias que o conceito que temos sobre responsabilidade vem de muuito cedo, da base da educação.

E me dei conta que já chegou a hora de começar a trabalhar isso na minha pequena.
E é difícil, gentesss! Mega difícil!
Há quem diga "mas ela ainda é muito bebê"...
Mais ou menos, né?
19 meses, idade da birra, de querer se impor... dá um trabaaalho.. :P

Achei algumas fontes bacanas pra me ajudar a lidar com isso: mãe, avós, tias, amigas com filhos, psicologas, pedadogas, etc.. ;D

A Revista Crescer também merece créditos. É uma mão na roda. hehehehehe

Mas o objetivo desse blog está longe de tentar ser uma referência pra facilitar a vida de outras mães aflitas como eu.
Não tenho essa pretensão.

Tudo isso é, na verdade, um rodeio imenso pra voltar ao título do post e dar o "depoimento" do dia. ^^


Ainda nos devaneios de "como ensinar um ser humano a ser responsável em 10 lições", me veio à memória que a gente só ensina isso (e tudo mais) até certo ponto da vida da criança.
Ao longo do processo de desenvolvimento ele(a) começa a aprender observando a vida ou errando mesmo.
Não é lindo isso?!!!! :D
É, mas me mata de medo!
Como vai ser quando nós pais deixarmos de ser a grande referência dos pequeninos?!!!!
Quando eles entenderem que não somos super heróis e que eles podem escolher se concordam ou não com nossos pensamentos e atitudes?!!!
OMG! Quero nem pensar... deixa ela crescer mais um pouquinho... =~~~~)

......

Pensando nisso, lembrei do momento em que a vida se encarregou de mudar num estalar de dedos todo o conceito de responsabilidade em mim.

"Senta que lá vem a história..." :P



Um dia acordei com a nítida sensação de que ia menstruar... toda aquela enxeção de inchaço, dores nos seios, cólica irritante, mau humor nato... de repente me veio à cabeça: "Ai meu deus, tô grávida!! oO".

A partir dali TODOS os medos possíveis passaram pela minha cabeça "O que vai ser da minha carreira, dos meus planos, vou ter que alugar um ap maior, quanto será que custa sustentar uma criança em São Paulo, será que vou ter que mudar de cidade, de profissão, será que vou conseguir me formar?..."
 

Entrei no banheiro pra fazer o teste de farmácia...


Enquanto esperava o resultado os medos iam se transformando em ansiedade...  



"Se for moleque? Não sei o que fazer com um menino! Se for menina? Mais uma pra virar perua com a minha mãe e Iris... Mas vai ser nerd, de certeza!..." xD

Quando vi os dois tracinhos azuis, uma felicidade indescritível me invadiu, e eu saí dali sem conseguir conter o sorriso.
Chamei o Gu, contei o resultado.
Ele ficou em choque.
Eu fiquei em êxtase. 

 
Tinha um bebê em mim, caceta!!! =DDDD

Uma vida, uma pessoinha que dependia nos próximos meses só de mim, do meu amor, do meu corpo, da minha dedicação pra se desenvolver.

Não vou dizer aqui que vida de mãe é só poesia, porque não é.
Exige renuncias, mudanças de plano, adaptações, disponibilidade, paciência, controle e muita muita dedicação.

Mas apesar disso, em nenhum segundo desde que aqueles dois tracinhos apareceram pra mim, o meu bebê foi um fardo, um problema.

A sensação de medo, de inconsequência, sumiu no momento em que soube da gravidez.
Apesar de ter engravidado sem planejar, com 23 anos, sem um emprego com benefícios, etc...
Apesar de ser capricorniana e não admitir muito bem "mudanças no script", principalmente se ele tivesse sido escrito por mim.
 

A partir dali pensei: "Esse bebê tem a mim e isso é suficiente. Com todo o resto, eu me viro."


^^

Assumir um filho, acolhê-lo dentro de você, é doar seu corpo, sua mente e seu espírito pra que ele cresça feliz. 

É continuar fazendo isso depois que ele nascer, mesmo que um dia ele ache que não precisa mais de você. (meedo da adolescência =~~~~ xP)

A Maria Júlia me ensinou que responsabilidade é um ato de amor. 

Ou que o amor dá sentido às responsabilidades. 
Como você preferir. :)

E que em momento algum a minha filha seria um problema
, independente da situação ser a mais propícia ou mais inóspita.


^^


Ser mãe é ser mulher "with benefits" ;DDDD

22 setembro 2010

"Um espírito pesquisador se expõe a agressões de todos os lados por causa da atitude que é obrigado a tomar quando abandona caminhos repisados."

Essa frase do Walter Gropius me fez pensar em váaarias coisas. Vou tentar resumir aqui...

Um espírito pesquisador...
... se expõe...
...agressões de todos os lados...
...atitude...
...obrigado a tomar...
...abandona caminhos repisados.

Sem mais.

Beijos! ;)

12 setembro 2010

1 ano e 7 meses da pessoa mais especial da minha vida!

Acordar ouvindo "mamãe, amo" é demais pro meu coraçãozinho de mãe abobada! #~)

Obrigada por me escolher, filha.

A mamis aqui luta diariamente pra ser uma pessoa melhor pra ser o melhor exemplo que você possa ter.
E cá pra nós ser exemplo pra uma criança que já nasceu com um amor imenso pra distribuir a todos à sua volta e com uma personalidade linda é um senhor desafio!

Que venham os tijolinhos!! :D

Amo!

11 setembro 2010

Acreditar

Outro dia estava assistindo Discovery Kids com a Julinha e vi uma propaganda linda do canal com algumas crianças brincando de inventar histórias que dizia "alguns vêem imaginação, a gente vê potencial.".
Se o objetivo da propaganda era cativar mães que querem ver os filhos vivendo seus sonhos, comigo, funcionou! hehehe
Mas além de reafirmar minha preferência pelo canal a propaganda mexeu comigo...

Me fez parar pra pensar em algumas pessoas que estão na minha vida pra me ensinar que às vezes o simples fato de acreditar nelas pode fazer coisas incríveis acontecerem.
Como assim?...

Tenho lindas pessoas à minha volta (lucky me ;D) que conheci em épocas de pleno desenvolvimento de potenciais e tive a bela oportunidade de acreditar nelas e às vezes até dar um empurrãozinho pra alçarem seus vôos, mesmo que fosse só dizendo "acredito em você".
E como dizem que sou "escritora de mim mesma" ou que "tiro print screen da vida".. então vamos a mais uma história...

Em meados de 2006 conheci um grupo de amigos da minha irmã, um bando de cosplayers mega mais novos que eu, mas que - com minha essência nerd esperando pra ser despertada - me encantaram e logo eu me vi no meio do "tenchu" entre espumas, pets, retíficas, cola de sapateiro, EVA, tudo no ritmo frenético pré-apresentação de cosplays.
Na véspéra das apresentações, estava eu colando mais uma das botas de EVA não lembro mais de quem, quando um deles veio me pedir ajuda pra finalizar sua "armadura". E ficamos ali colando e recolando pro acabamento ficar perfeito.
A determinação dele pra deixar aquela fantasia perfeita e meu empenho em ajudar renderam horas de conversas e um carinho mútuo instantâneo.
Não lembro exatamente como - talvez ele lembre -, mas algum tempo depois viramos grandes amigos.

Eu estava numa fase atribulada em meio a trabalhos mil, amores possíveis, amores impossíveis, projetos, projetos e mais projetos. Ele, numa fase de interrogações. Muitas delas.

Numa das intermináveis conversas por telefone, ele disse "tenho meia hora, passa aqui no estágio pra gente tomar uma Coca.". O conteúdo da conversa é muito pessoal, se um dia ele autorizar eu divulgo porque é uma história linda, mas até lá basta saber que eu ouvi ali confissões de um homem de sucesso. Aí vocês pensam "ué, mas ele não era um estagiário cheio de interrogações?". Sim, era. Mas isso era muito pouco pra ele, e eu vi além. ;)
Vi uma mente incrível, um caráter lindo e um coração enorme prontos pra agarrar a primeira oportunidade que a vida lhe desse pra brilhar. E eu disse isso a ele: "Tenho certeza de que não são só sonhos, são objetivos. E quando você chegar lá e eu mandar meu currículo pra você, analisa com carinho! ^^"
Desde então compartilhar sonhos é o que mais fazemos e eu morro de orgulho disso.

Bom... tempos depois, quando já estava em São Paulo com ainda mais trabalho e mais histórias comuns da mulher imperfeita que aqui escreve, liguei pra ele: "Olhe, temos um patrocinador pra visitar amanhã, não se atrase." Mas ele sempre atrasava, e atrasou mais uma vez. Eu fiquei muito triste, ele ainda não estava pronto e eu precisava lhe mostrar isso.
Chegou a oportunidade. E mais uma vez por telefone eu decretei: "Lembra que você queria uma oportunidade? Me pediram pra indicar uma pessoa de confiança pra ir no meu lugar trabalhar no Pan do Rio. Você ia, mas não vai. Não posso mandar alguém que não cumpre horários no meu lugar." Funcionou!!! :D Como eu previa - e acreditava - ele entendeu meus motivos. Ele precisava aprender o valor da confiança também no mundo dos negócios.

Seis meses depois... "Alô, irmã?" ... "Se prepare, em alguns minutos você vai fazer uma entrevista por telefone pra vir fazer Casas Bahia comigo."
E ele foi! :D
E me deu muitos motivos pra me orgulhar e reafirmar minha crença nele.

Hoje ele é um dos produtores da maior agência de eventos do país.
Tem sua casinha, seu "Jarvis" e mais um monte de coisas que eram só sonhos daquele estagiário cheio de interrogações...

Mas ele vai ser mais! Muito mais!
Acredito nisso! ;)


Ah, vale lembrar que pensar que tem "dedo meu" nessa trajetória linda - que tá só começando, by the way - me dá muito orgulho de ser quem sou!
Mais que isso, me lembra diariamente que preciso ser uma mãe que vai sempre acreditar e incentivar a filha a desenvolver seus potenciais, porque ele é um exemplo vivo de que isso funciona!
Mais um tijolinho na construção dessa mamis aqui! ;D
Obrigada por isso, irmão!
E por todo carinho, amizade e horas de bobagens, colos, cinemas e coca-colas juntos!
Amo muito! :D

Ísis Rocha

PS: Pra quem ainda não sabe, o nome dele é Raoni Correa ;P

PS2: Um beijo enorme pra outras pessoas que me fazem acreditar: Iris Rocha, Gilmar Brito, Michele Menezes, Leo Manzoni, Victor Sgarbi, Felipe Moscardini, João Paulo Souza e Leo Amorim.
Guardem esses nomes, vocês ouvirão falar deles com certeza.

PS3: E um beijo pra pessoas que, além de me inspirar, acreditam em mim: Angélica Rocha, Rosivaldo Oliveira, Paulo Rocha, Silvana Rocha, Marisa Sgambatti, Thammy Barreto, Camilla Jarnallo, Reginaldo Scali, Soraia Della Bella, Fabi Zanelatto, Gustavo Racy, Elisa SantaRita, Andrea Galasso, Fernanda Graeff, Cristiano Verardo e João Cumerlato.






26 agosto 2010

I'm Back ;)

Oi gente!!!

Se é que tem alguém lendo aí! ;)

Depois de quase um ano, aqui estou eu de volta. Uma mãe que acabou de perceber que ainda é uma mulher em construção também!

Pode dizer "jura? você só tem 25 anos, durh..." ... Poisé... mas eu passei os últimos meses totalmente esquecida disso. E "guess what?" Acabei de lembrar! :)

E isso é motivo de um alívio e alegria tão grandes que me deram vontade de escrever de novo! ^^

Confuso?

Bom, desde que a Maria Júlia nasceu eu sou a mãe mais feliz do mundo! E me envolvi tanto com esse papel que acabei esquecendo um outro super importante na minha vida: o de Isis Rocha, mulher, profissional, amiga, cinéfila, nerd, etc...

Dica para as futuras mamães: Não façam isso!!! Seus filhos merecem uma mãe interessante, que esteja feliz consigo mesma, além de ficar abobada com cada consquista deles. ;)

E depois de muito quebrar a cabeça, aqui estou eu! De volta a uma das minhas maiores paixões: a faculdade!!! E a mais uma: o trabalho!!!
Descobri que me realizando sou além de tudo uma mãe melhor!

Mais um tijolinho nessa construção! ^^

Volto em breve.. ^^

Por enquanto, deixo uma das coisas que mais me inspira: música..
E uma das que tem mais do meu momento atual (vai pra minha Juju, lógico!;) ) e que me acompanha desde a adolescência:

You And Me _The Cramberries

I'm not going out tonight
'cos I don't want to go
I am staying at home tonight
'cos I don't want to know
You revealed a world to me
and I would never be
Dwelling in such happiness
your gift of purity

Eh-ee-oh, eh-ee-oh, eh-ee-oh, eh-ee-oh

Aahh, you and me it will always be
You and me forever be
Eternally it will always be you and me

Taylor, Taylor, Taylor, Taylor

I don't pay attention
to the ones who never cared
Find your own direction
'cos there's sweetness in the air
You will be the world to me
and I will always be
Dwelling in this happiness,
your gift of purity

Eh-ee-oh, eh-ee-oh, eh-ee-oh, eh-ee-oh

Aahh, you and me will always be
You and me Forever be
Eternally Will always be
You and me

Always be You and me
Forever be, Eternally
It will always be You and me
Forever be, Eternally

Taylor, Taylor, Taylor, Taylor...

You and Me - YouTube