25 setembro 2015

Você teria coragem de sair do armário?

Nos últimos meses tenho tomado decisões que geraram espanto num monte de gente e isso - o espanto!- me fez pensar em outras coisas...

Por exemplo, quando eu, profissional com 10 anos de marketing e um vasto currículo, bla bla bla, decidi me dedicar ao coaching e ao doular, ouvi exclamações do tipo "Mas isso não tem nada a ver com você!" - e coisas bem piores!

Gente, até aparecerem aqueles lindos tracinhos rosa pra mim em 2008, ser mãe não tinha nada a ver comigo. E cá estamos! :D

    A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. fonte: Doulas do Brasil
    ain =~)

E eu posso fazer um outro texto imenso sobre como a formação em doula me transformou profundamente enquanto mãe, mulher e ser humano, mas por hora o assunto é outro!

O importante aqui e agora é que eu percebi que quando a gente toma a decisão de viver nossas verdades, difícil mesmo é assumir isso diante de todo mundo que conviveu com você até ali.

Existe um mundo esperando uma pessoa X, mas tudo o que você quer é ser a pessoa Alfa linda que você acaba de descobrir dentro de si!

Bem, movimento gera movimento. E quando as pessoas ao seu redor não estão na mesma vibe de mudança que você, ja viu, né? Dá pepino mesmo! 

Massss... Tudo o que eu fiz foi:

- Mudar de profissão;
- Mudar a Julia de sistema de ensino ( #SomosWaldorf );
- Parar de esconder as asas que estavam prontinhas pra deixar o casulo e assumir ambições, desejos e talentos que eu guardava comigo calados, dentro do armário.

Parece muito pra você? 

Pense de novo: Imagina que você é gay! Ou trans! Ou tenha em si qualquer "coisa" que te leve a ser julgado 24h por dia, 7 dias por semana, em qualquer lugar que você vá! 

Imagina que a sua verdade te "marca" como boi diante dessa sociedade esquisita em que vivemos.

Você teria coragem de sair do armário?

Maravilhosa Nomi! (se você não sabe do que eu estou falando, corre AGORA pra ver Sens8 no netflix!)

Portanto, esse não é um post-lamentação! É na verdade um post-admiração-inspiração!

Se você está aí achando difícil aceitar diante do espelho que na verdade você nunca quis ser uma advogada, ou ainda que não quer trabalhar com números, mas com letras! 
Se está morrendo de vontade de deixar seus filhos no período integral da escola, mesmo trabalhando em home office, porque cansa mesmo e você não dá conta,  ou se quer abolir o Passatempo recheado do lanche, mesmo sabendo que vai ser taxada de preguiçosa ou radical, vai lá, sai do armário!

Vai viver o que é melhor pra você, você merece!

Existem milhões de pessoas lindas por aí te provando que viver negando suas verdades é sufocante demais e não vale à pena. Que, por mais difícil que pareça, dá sim e você não está sozinho!

Então hoje o apelo que eu faço, como mãe, é: Inspirem-se! Encham-se de coragem e sejam vocês mesmo(a)s!

Não há exemplo melhor a dar para os nossos filhos! ;)

Arte da Juju colada na parede!
(Eu uso visual thinking pra trabalhar e a casa fica forrada de papéis!
 Ela amou e já tem suas artes coladas por aqui também! haha)

16 setembro 2015

Bons tempos que não voltam mais | Um papo sobre respeito e privacidade

Preciso confessar uma coisa: Eu tenho inveja da minha mãe!

"Mas por que, Isis?"

Simples: A responsabilidade dela era compatível com o respeito às suas decisões!

Hoje, não é bem assim...

Tenta lembrar: Quando você era criança, seus pais te criavam com o repertório de vida que  eles tinham! 
As regras da casa não vinham de estudos que afirmam que...

Naturalmente as relações eram mais estreitas, você provavelmente tem tantos valores dos seus pais quanto seus filhos tem do best seller da Pamela Druckerman. Se isso não for verdade, parabéns! Você é um(a) sobrevivente! 

Quando você era criança, o castigo que levava, o presente fora da data, ou até as 2 noites seguidas de miojo por pura preguiça, ninguém dava like ou comentava esculhambando
Rotina era uma coisa privada, sabe? E por isso, muito mais livre de julgamentos!

Quando você era criança, devia jogar video game E ver TV E brincar de bicicleta na rua. E o equilíbrio disso tudo vinha do bom senso da família. 
Aliás, bom senso era até relativo!

E o melhor: Não havia vigilantes com câmeras dentro de nossas casas (convidados por nós, como vampiros).


Dava até pra esquecer o filhote nas férias! Duas vezes! xP

Sabe o pior? 

Esse apontar de dedos 24/7 extrapolou o limite do virtual e está virando cultura na vida real! Vejo tanto disso entre familiares e amigos que me dá vontade de desconectar de tudo e de todos!

Agora parentes-de-segundo-grau-da-madrinha-da-sua-caçula te mandam um áudio às 21h questionando a camiseta azul da sua filha menina ou o castigo que você deu e a deixou sem internet por absurdas 24h!


Mimimi eterno. ¬¬'


E o que você faz?

Você sorri e acena. 

Afinal, se comprar a briga, vira Aécio x Dilma - eleições 2014, 2o turno! Uma guerra sem propósito, chata dentro e fora da internet. Nem vale à pena.

Assim, aceito que os tempos são outros, as redes têm sim suas infinitas vantagens, mas tudo tem seu(s) lado(s) ruim(ns). 

O máximo que podemos fazer é lembrar sempre que por trás da mãe (e do pai), existe um indivíduo. E é exatamente desse ser único que nossos filhos precisam.


Bat-dad! Pode ser melhor? <3 td="">