14 setembro 2011

Olhar de mãe


Observando a Julinha nas últimas semanas, uma coisa chamou minha atenção: Ela associa a cada pessoa uma (ou mais) características com muita clareza.
Uma linda sutileza captada pelo olhar da mãe boba que vos fala...
Percebi que todos que lhe dão carinho e amor são lembrados tenra e individualmente:

A "vovózinha" é a pessoa que passa o perfume depois do banho - mesmo que ela vá pra cama em seguida. É a que tira foto "juntinhas" no celular.

A "titi" é o carinho moleque, a cumplicidade das bailarinas. A que ensina a passar maquiagem.

O pai é aquele que brinca com ela, se joga no chão, dá comidinha pras bonecas. É quem dá cambalhota, corre até cansar e se joga na cama elástica. É o que ela enche de beijos e abraça bem apertado nem que seja pelo computador.

A "vó Máta" é quem vai dar o cachorro.

O "vovô Nei" é quem divide a tangerina.

O "vovô Val" é quem joga pra cima e nunca deixa cair.

A Dinda é quem brinca de desenhar.

O Dindo é o amor que a faz suspirar.

A prima Duda é o carinho atemporal, a identificação mais pura no olhar (mesmo que via skype =~) )

A bisa é a que deixa participar do jogo de buraco.

O biso é o que fala tão alto que a assusta.

Os tios-avós são os que babam, mas cada uma com sua particularidade.
São muitos (muitos, mesmo!!), então depois eu falo de cada um. ;)

Os tios postiços também são lembrados um a um:

"Tabiço", a paixão declarada.
Tio Gilmar, o limite cheio de carinho.
Tia "ímão" a que tem que estar sempre por perto.
Tio Babão é o "solzinho" e a bateria. "Tio Paêna" é a doçura.
Tia "Sáqui", sua amiga princesa, tio "Sazón" e o "Buzz".

Eu?... Eu sou a mãe, né? xD hahahaha
Brincadeira... eu nem sei explicar, na verdade.
Só sei que a cada momento desses meu coração pula e sabe que aquilo ali, só comigo.

E enquanto cada lembrança dessas passava pela minha cabeça, me veio a responsabilidade
atrelada à "marca" que deixamos nas crianças (e em todos...).
Precisamos pensar em cada atitude que tomamos, cada palavra que dizemos.
Elas podem ficar guardadinhas na memória do outro e marcá-lo com uma profunidade que nem desconfiamos.

Tão simples, tão básico e tão esquecido: Gentileza gera gentileza.

Esse sorriso é exclusivo das brincadeiras de boneca com o papai! ^^


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