16 setembro 2015

Bons tempos que não voltam mais | Um papo sobre respeito e privacidade

Preciso confessar uma coisa: Eu tenho inveja da minha mãe!

"Mas por que, Isis?"

Simples: A responsabilidade dela era compatível com o respeito às suas decisões!

Hoje, não é bem assim...

Tenta lembrar: Quando você era criança, seus pais te criavam com o repertório de vida que  eles tinham! 
As regras da casa não vinham de estudos que afirmam que...

Naturalmente as relações eram mais estreitas, você provavelmente tem tantos valores dos seus pais quanto seus filhos tem do best seller da Pamela Druckerman. Se isso não for verdade, parabéns! Você é um(a) sobrevivente! 

Quando você era criança, o castigo que levava, o presente fora da data, ou até as 2 noites seguidas de miojo por pura preguiça, ninguém dava like ou comentava esculhambando
Rotina era uma coisa privada, sabe? E por isso, muito mais livre de julgamentos!

Quando você era criança, devia jogar video game E ver TV E brincar de bicicleta na rua. E o equilíbrio disso tudo vinha do bom senso da família. 
Aliás, bom senso era até relativo!

E o melhor: Não havia vigilantes com câmeras dentro de nossas casas (convidados por nós, como vampiros).


Dava até pra esquecer o filhote nas férias! Duas vezes! xP

Sabe o pior? 

Esse apontar de dedos 24/7 extrapolou o limite do virtual e está virando cultura na vida real! Vejo tanto disso entre familiares e amigos que me dá vontade de desconectar de tudo e de todos!

Agora parentes-de-segundo-grau-da-madrinha-da-sua-caçula te mandam um áudio às 21h questionando a camiseta azul da sua filha menina ou o castigo que você deu e a deixou sem internet por absurdas 24h!


Mimimi eterno. ¬¬'


E o que você faz?

Você sorri e acena. 

Afinal, se comprar a briga, vira Aécio x Dilma - eleições 2014, 2o turno! Uma guerra sem propósito, chata dentro e fora da internet. Nem vale à pena.

Assim, aceito que os tempos são outros, as redes têm sim suas infinitas vantagens, mas tudo tem seu(s) lado(s) ruim(ns). 

O máximo que podemos fazer é lembrar sempre que por trás da mãe (e do pai), existe um indivíduo. E é exatamente desse ser único que nossos filhos precisam.


Bat-dad! Pode ser melhor? <3 td="">



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