25 setembro 2011

Mais uma da vida (de mãe)...

Diante, mais uma vez, de uma bifurcação de caminhos, sentei e pensei durante todo o fim de semana...

E a carreira?
E o acompanhamento da Julia ainda pequenina? 
Abdicar de que, porque e por quanto tempo? 
Quais as consequências disso?...

Essas perguntas já são suficientes pra pôr muita mãe (quase todas, acho eu) pra pensar.

Mas como na vida o buraco é sempre mais embaixo, eis que surgem outros aspectos a considerar:

E a minha mãe? Que é avó que trabalha o dia inteiro e várias noites por semana e merece ter seu "tempo livre" livre de verdade?

E a minha irmã? Que é tia que está começando a vida e não deveria precisar dispor de energia e tempo pra ajudar com a Julia?

Afinal, a filha é minha, certo?

E o que eu faço pra conseguir dar conta de tudo sozinha?

E se eu der, e eu? Será que eu dou conta de mim?

...

Há de lembrar que o pai da Ju não mora na mesma cidade que a gente, então não dá pra ter aquela força diária, por mais que ele quisesse.

Que eu não tenho grana pra ter opção de ficar sem atividade remunerada.

E que hoje, recomeçando profissionalmente do zero por ter mudado de cidade, não tenho grana pra pagar babá/empregada bacana, pra ficar tranquila (senão os problemas estariam resolvidos, certo?).

Pensarei. Muito.
Espero não pensar sozinha. (Todo pitaco é bem-vindo! ^^)
Mas, no fim, a responsabilidade, o desafio e as decisões são meus.

Acabei de chegar no momento mais solitário dessa trajetória maternal.
Mas é isso aí. Uma hora a nuvem dissipa e fica mais fácil enxergar o caminho. ;)

Bjss

3 comentários:

  1. Grandes questões, momentos decisivos e situações complexas sempre exigem uma postura firme e ao mesmo tempo serena, tranquila. Pois, é preciso ter paciência para dar passos lentos quando a gente tem uma vontade louca de correr, de mudar pra melhor e revolucionar a vida da gente. É nesses momentos que realmente aprendemos coisas importantes e nos tornamos mais fortes. A necessidade é a mãe da providência. Que Deus ilumine teu caminho e que sua força continue crescendo independente dos erros e acertos.

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  2. Eu creio que exista o equilíbrio entre a mãe cuidadora e a mãe profissional. Ser uma mãe realizada é o melhor ensinamento que Júlia vai ter, já que a mãe é sempre a principal referencia. pensar em você mesma não é egoísmo, desse modo você está pensando na melhor forma de ser melhor mãe. E garanto que nenhuma dessas pessoas que vc citou se sente incomodada em ajudar você nessas mudanças.

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  3. Já conversamos muito sobre isso. Nem precisaria comentar por aqui, mas vale constar que estou na torcida para que tudo dê certo. O ideal seria que você conseguisse algo, seja trabalho ou estágio, no período em que a Ju está no colégio. Você em casa também produz, que eu sei disso.

    Já te disse. Antes de mais nada tem que decidir, pensar. Não dá pra ficar agindo no impulso.

    Boa sorte, viu? :)

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