09 março 2011

Eu posso sim!!!

Num momento super tranquilo desta terça de carnaval, compartilhando o divertimento da noite anterior, eis que escuto...

"Você tem que entender que, ao escolher ter um filho, sua vida muda mesmo, você não pode mais querer chegar às 5h da manhã em casa depois de uma balada..."

O sangue capricorniano fervendo em minha cabeça dialogou muito com uma calma que não é minha antes de me deixar responder...

"Eu NÃO POSSO? Cara, eu passo os dias adaptando tudo que é meu pra me encaixar na vida da minha filha, no que é melhor pra ela, e sou feliz por poder fazer isso.

Todos os meus amigos sabem que só marco alguma coisa pelos horários e necessidades dela. E tudo bem. 

Eu nunca saio antes de pôr a Maria pra dormir, nunca deixo ela com alguém que ela não a babá ou a avó, nunca deixei ela dormir fora de casa com alguém que não esteja acostumada só pra poder sair de qualquer jeito...

Faço isso porque acredito como mãe que é assim que tem que ser feito.

90% do esforço que faço pra ser uma pessoa melhor todos os dias é pra ser um exemplo incrível pra ela. Dedico 10% pra me amar como sou.

Sou uma mãe que é cada vez melhor principalmente pelo fato de saber que tô aprendendo diariamente a ser mãe. 

Por me permitir tentar, acertar e errar... 

Sou a melhor mãe que posso ser. 

E eu não posso ser a Isis Rocha, 26 anos, cheia de vida, de amigos, de alegria, que eu sou?

Eu posso sim!"


Sério que alguém se acha no direito de abrir a boca e dizer isso na minha cara?

Fiquei pensando nisso um dia inteiro, pensando o que eu deixo de ser pra dar a alguém que me conhece motivos pra dizer algo assim.

Será que é o fato de ter me separado do pai da Julia e ter voltado pra casa pra recomeçar a vida? 

Pode ser, porque quando eu era casada com ele, a cobrança era pra que eu arrumasse tempo pra ser mulher e esposa feliz, além de mãe dedicada e impecável.

Será que é porque tenho 26 anos, e apesar de faltar muito pra reconquistar a independência que um dia tive, sou feliz sendo mãe e mulher e curto minha evolução, meu caminho?

Sei lá... 

Só sei que não admito que ninguém me julgue, que ninguém me diga o que posso ou não fazer. Principalmente pelo fato de não fazer isso com as pessoas à minha volta.

E se tiver uma mãe por aí aflitíssima como eu fiquei depois de ouvir algo parecido com isso... Dá um belo fuck off e grita:

"Quem é mãe e não é gente, que atire a primeira pedra!

E quem não for mãe... beijos."


5 comentários:

  1. É revoltante mesmo escutar coisas desse tipo. Parece que a vida após os filhos acabou para a mulher.
    Estou de acordo com sua revolta.
    bjos!!

    www.devaneioslunares.blogspot.com

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  2. Não só concordo,como sei na pele como é esse tipo de coisa; com o passar dos anos (e das criticas) aprendi que essas pessoas nos ajudam a crescer e a fortalecer nossas convicções.
    Ser mãe é viver intensamente, amar incondicionalmente... Valorizar cada segundo, pois aprendemos e vemos em nossos filhos como o tempo é efemero. Por isso mães devem SIM, se amar muito, ir pra balada, cutir, VIVER!
    Nossos filhos agradecerão por terem mães jovens, felizes e guerreiras!

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  4. Ser mãe/pai envolve amar a si mesma além dos filhos. Respeito próprio é algo importantíssimo e NINGUÉM tem direito de dizer o que você deve fazer ou não pra ser feliz dentro do que você considera direito/prazer/lazer. As obrigações não anulam o fato da vida estar aí na sua cara e você deve sim aproveitar os tempos livres pra investir nas felicidades momentâneas que lhe são proporcionadas.

    Sou seu fã há muito tempo. bju, fadinha ;*

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