16 outubro 2011

Relacionamentos pós maternidade

"O problema maior é que é difícil encontrar alguém do sexo feminino hoje em dia que compreenda que ela nunca será o centro do seu mundo, madura o suficiente para aceitar que você sempre terá fotos da ex no computador (porque são as fotos da mãe dele), ser bem resolvida não é fácil, não hoje em dia. As mães solteiras devem ter o mesmo problema. Há poucos Homens e Mulheres no mercado, mas borbulha criançada de 18 a 50 anos." por Rafael Noris em Pai solteiro Procura no Dona Oncinha!

E depois de ler o texto do Rafa e pensar ainda mais nesse assunto tão delicado, resolvi falar sobre isso de ser "Mãe Solteira que já não procura tanto assim".... hahaha

Sim, nós mulheres também sofremos com a oferta demasiada de crianças maiores de idade no mercado. E apesar de enxergar aspectos diferentes quando o assunto é "namorar uma mãe solteira/um pai solteiro", no fim fica tudo bem parecido.

Veja só:
- Pai solteiro é fofo, responsável, um cara que cuida do filho sozinho tem que ser um bom pai. E isso deve atrair mulheres com todas as intenções possíveis!!
X
- Mãe solteira é roubada! Que cara em sã consciência quer chegar perto se envolver numa família (porque mãe solteira não é uma mulher, é uma família) que não é dele?! É muito difícil achar quem queira correr o risco.

Eu não procuro, mas espero que se um dia eu me apaixonar de novo - papo de mulher desiludida, né? hahaha - que o cara saiba que eu não quero um substituto pro pai da minha Ju (até porque ela tem pai!), nem quero um cara pra de repente casar e etc...

Acho que a maioria das mães recém-separadas só quer carinho mesmo, quer uma relação leve pra recuperar o fôlego depois de romper um casamento com o pai do seu filho. Sentiu a pressão?! hehehe

E também acho que as pessoas vêem isso totalmente ao contrário: "Mulher recém-separada e com filho quer é um cara pra pôr no lugar do ex e "arcar" com o pacote completo"!
E é nessas horas que eu penso...Oi?!!

E aí vêm as "complicações" comuns a mães e pais solteiros:

Claro que num namoro o cara vai ter que entender que não é, nem nunca vai ser, prioridade na vida da mulher.
Primeiro porque sim, nós aprendemos que ser mãe/pai é ser referência e se não preservamos nossa individualidade, os filhos vão se inspirar em quê/quem?
Segundo porque o filho sempre vai estar à frente dele. Sempre.

E ainda tem o que pra mim é mais importante nessa história:

Vai que a mulher-mãe-solteira se apaixona, se envolve e namora o cara...
O cara é bacana, entende que vai ficar em terceiro plano sempre, e tudo mais.

#comofaz pra confiar nele e na relação a ponto de trazê-lo pra vida do filho?!

E com isso temos dois problemas distintos:

1 - Confiar numa pessoa o suficiente pra namorar com ela quer dizer que você está dando a cara pra bater, certo?! Se arriscando, afinal, tudo pode acabar um dia.
Mas você é adulto e sabe ou devia saber lidar com isso.
E com uma criança?! O impacto de uma relação da mãe/pai com uma outra pessoa é enorme!
Eu penso que se aparecer com um homem pra apresentar à minha filha ele tem que ser, pelo menos, um cara extraordinário, pois vou estar apresentando uma pessoa em que ela vai confiar com o meu aval.
E essa pressão chega a ser injusta com o coitado que deve ser humano mesmo...

2 - E quando a relação fica séria e vislumbra-se a possibilidade de rolar um "padrasto"?! Não é pai, mas é uma referência familiar, uma pessoa a mais na vida da criança - e do dito cujo também, claro.
E se acaba? #comofaz?! 
Mais um trauma pra todos?! 
Como saber se/quando vale à pena?!

É por essas e outras que eu nem procuro tanto assim... mas mulher depois que vira mãe acredita até em conto de fadas de novo né... então "vai que"?...
hahaha

Beijos :)

3 comentários:

  1. Mas, também tem o outro lado da moeda. Já escutei frases incríveis do tipo "Você era pra ter parado no seu ex-marido. Como ele deixou passar uma mulher tão incrível como vocÊ?"...Tá bom, os nossos futuros pretendentes não sabem das Mulheres Maravilhas que eles estão lidando. Somos práticas, exigentes, trabalhamos feito loucas, nos desdobramos em zilhares de partículas para amigos, colegas, médico, trabalho, reunião de condomínio, casa, passeios... Mas, no fundo, o que nos desfere no meio dessa multidão de relacionamentos rápidos, rapidez de informação, é que somos cada vez mais humanas. E não foram nossos ex que compactuaram com isso. Foram os nossos filhos.
    Belíssimo texto.
    Parabéns, Isoca!!!!!
    :**********************8
    Lis

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  2. Só quem é mãe/pai solteiro pra compeender a dimensão do dilema, muito bem relatado em teu texto.
    Eu como mãe solteira, passei e passo por isso; mas acho que com ousadia e extremo cuidado aos nossos pequenos devemos sim nos arriscar.

    "Bom mesmo é ir à luta com determinação,
    abraçar a vida com paixão,
    perder com classe
    e vencer com ousadia,
    porque o mundo pertence a quem se atreve
    e a vida é "muito" para ser insignificante."

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  3. Adorei, querida. É isso aí, nossos príncipes hão de aparecer de novo. Beijos, beijos!

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